O início de um novo ano costuma ser tratado pelas empresas como um momento de planejamento, definição de metas e ajustes operacionais. No entanto, há um ponto que segue sendo subestimado em muitos planejamentos estratégicos: a liderança.
Empresas não fracassam por falta de metas.
Fracassam por falta de clareza, alinhamento e capacidade de execução.
E esses três fatores passam, inevitavelmente, pela liderança.
Começar 2026 do jeito certo exige uma decisão clara: tratar o desenvolvimento da liderança como estratégia, não como benefício pontual.
O custo invisível de lideranças despreparadas
Dados reforçam aquilo que muitas empresas já sentem na prática.
Segundo a Gallup, apenas 21% dos colaboradores se sentem engajados no trabalho globalmente. Um dos principais fatores apontados é a relação direta com a liderança imediata. Gestores despreparados geram ruído, insegurança, desalinhamento e perda de produtividade.
Outro dado relevante vem da SHRM (Society for Human Resource Management), que aponta que o custo de substituir um colaborador pode chegar a 50% a 200% do salário anual, considerando desligamento, nova contratação, integração e queda de performance no período de adaptação.
Na maioria dos casos, o desligamento não acontece por salário ou função.
Acontece por liderança mal conduzida.
Planejamento sem liderança é ficção corporativa
Empresas entram em janeiro com metas claras no papel, mas líderes confusos na prática.
Isso gera um cenário comum:
- Estratégia definida, mas mal comunicada
- Metas estabelecidas, mas não sustentadas no dia a dia
- Processos criados, mas não seguidos
- Pessoas cobradas, mas não orientadas
A liderança é o elo entre a estratégia e a execução.
Sem preparo técnico, emocional e comportamental, esse elo se rompe.
De acordo com a McKinsey & Company, empresas que investem de forma consistente no desenvolvimento de líderes têm até 2,4 vezes mais chance de superar concorrentes em performance financeira e organizacional.
Liderança não é cargo. É método.
Um erro recorrente nas organizações é promover bons técnicos esperando que se tornem bons líderes automaticamente.
Liderar exige competências específicas:
- Comunicação clara e responsável
- Capacidade de dar e receber feedback
- Gestão de conflitos
- Tomada de decisão sob pressão
- Autoconhecimento e leitura de cenário
- Gestão do tempo e de prioridades
Essas competências não são intuitivas.
Elas são desenvolvidas com método, acompanhamento e prática.
Empresas que tratam liderança como “dom” ou “perfil” acabam normalizando falhas que custam caro ao longo do ano.
O que empresas maduras fazem diferente ao iniciar o ano
Organizações mais maduras não começam o ano apenas com metas financeiras. Elas iniciam com perguntas estratégicas como:
- Nossos líderes estão preparados para sustentar as decisões que tomamos?
- Existe alinhamento real entre direção, liderança e operação?
- Nossos gestores sabem conduzir conversas difíceis?
- A cultura está clara ou depende de pessoas específicas para funcionar?
Essas empresas entendem que resultado sustentável é consequência de liderança bem estruturada, não de cobrança excessiva.
2026 exige um novo nível de liderança
O cenário corporativo segue marcado por:
- Times mais diversos e exigentes
- Ambientes híbridos e remotos
- Alta velocidade de mudança
- Pressão por resultados com menos margem de erro
Nesse contexto, liderar com improviso deixou de ser uma opção.
Empresas que desejam começar 2026 de forma sólida precisam garantir que seus líderes:
- Tenham clareza do papel que ocupam
- Saibam se comunicar sem gerar ruído
- Consigam sustentar decisões difíceis
- Desenvolvam pessoas, não apenas cobrem entregas
Começar o ano certo é investir antes do problema aparecer
Treinar liderança não é uma ação corretiva.
É uma decisão preventiva e estratégica.
Empresas que esperam o problema aparecer normalmente pagam mais caro, tanto financeiramente quanto culturalmente.
Começar 2026 do jeito certo significa entrar no ano com:
- Lideranças alinhadas
- Comunicação estruturada
- Critérios claros de decisão
- Ambientes mais seguros e produtivos
Se sua empresa quer iniciar 2026 com mais clareza, consistência e maturidade na liderança, é fundamental avaliar o cenário atual antes de tomar decisões isoladas.

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Esse diagnóstico é o primeiro passo para construir soluções realmente eficazes.
Fontes e referências
- Gallup – State of the Global Workplace
https://www.gallup.com/workplace - SHRM – Human Capital Benchmarking Report
https://www.shrm.org - McKinsey & Company – Why leadership development programs fail and what to do about it
https://www.mckinsey.com

