BLOG AMORVERDADE

Verdade e amor na comunicação

Os vários motivos que nos levam a dizer algo para alguém podem ser resumidos em duas categorias: amor e desamor. Na categoria amor, estão as mensagens ditas com uma boa intenção. Já na categoria desamor, encaixam-se as mensagens ditas com o intuito de agredir, machucar ou humilhar o outro.
Além disso, a mensagem pode ser composta por informações verdadeiras ou por mentiras que, combinadas com a motivação e a forma que é dita, podem causar diferentes efeitos, bons e ruins. A comunicação ideal é aquela em que a verdade é dita com uma boa intenção.

Mentir por amor: satisfação inicial com mágoa posterior
Todos sabem que não devemos mentir com a intenção de atingir negativamente alguém, gerar intrigas ou passar na frente dos outros. Mas muitas pessoas ainda têm a ideia de que a mentira pode ser algo bom, desde que feita com a intenção de ajudar, agradar ou evitar desentendimentos.
Por melhor que seja a intenção, não devemos mentir. A mentira feita com amor gera um agrado e uma satisfação momentânea e, posteriormente, torna-se mágoa, e faz as pessoas perderem a confiança que possuíam em nós. Além disso, a mentira para agradar pode fazer com que o outro continue a fazer algo inadequado, o impedindo de melhorar pontos que precisam ser trabalhados.

Sinceridade: doa a quem doer
Devemos sempre dizer a verdade, mas isso não significa que podemos dizê-la de qualquer maneira. Nem todos com intenção de machucar utilizam da mentira para isso. Às vezes, uma verdade dita de maneira insensível pode causar um efeito tão desagradável quanto uma mentira, gerando conflitos e afastando as pessoas em volta.

Não basta ser verdade
A verdade dita com uma boa intenção, com o propósito de ajudar o outro, para que ele possa melhorar aspectos que ainda estão inadequados é o melhor caminho para uma boa comunicação, tanto na área pessoal quanto profissional.
Quando falamos a verdade de maneira cuidadosa, transparecendo nossa boa intenção, o outro escuta, entende e absorve a informação. Pode gerar um efeito inicial de frustração que, posteriormente, torna-se satisfação. Além disso, essa prática ajuda no crescimento individual, fazendo com que o outro busque melhorar o que estava inadequado até o momento.

Como tem sido a sua comunicação, você tem conseguido se comunicar com Amor-Verdade?

Viva no presente – A importância de esvaziar a mente

As coisas acontecem muito rápido no mundo online, e isso vem refletindo no nosso dia a dia, afetando nossa paciência. Qualquer período de tempo parece ser tempo demais quando precisamos esperar, e tempo de menos quando precisamos produzir.

Temos as tarefas de casa, do trabalho, filhos, contas para pagar, coisas a serem resolvidas, questões de saúde e uma lista enorme de preocupações, prazos e metas. Com tudo isso para resolver, fica difícil focar no presente.

O futuro nos preocupa e o passado nos assombra

Não são apenas as preocupações com o futuro que invadem nossa mente e nos tiram o foco. Às vezes, é o passado que surge para nos atrapalhar com conflitos mal resolvidos, arrependimentos, lembranças ruins. Tudo aquilo que já aconteceu, não temos como mudar, e que deveria servir apenas como experiência e aprendizado.

Perdemos tempo pensando na falta de tempo

A preocupação exagerada com os prazos de entrega geram ansiedade, atrapalhando, atrasando ou até mesmo impedindo a realização dessas tarefas. Ficamos paralisados diante dessa preocupação com prazos, enquanto deveríamos estar realizando a tarefa a fim de terminá-la no tempo estipulado, e o que acontece no futuro é consequência do que fazemos no presente.

Como viver no presente?

Existe um exercício simples da neurociência que pode nos ajudar a conseguir deixar de lado o que já aconteceu e o que pode vir a acontecer, nos permitindo focar no agora. Esse exercício consiste em listar todas as tarefas que precisam ser feitas, depois organizá-las em ordem de urgência. Essa simples atividade ajuda a organizar os pensamentos e nos permite uma visão mais clara de nossas obrigações, tornando prazos e o número de tarefas menos assustadores. É importante observar também quais preocupações são desnecessárias, como quando nos preocupamos com coisas inevitáveis, das quais não há nada que podemos fazer para mudar a situação. Nesse caso, a preocupação causará apenas estresse, sem resultados positivos.

Exercício:

Primeiro pegue uma folha branca e esvazie a mente. Liste tudo aquilo que lhe incomoda, tudo mesmo, tanto profissional quando pessoal, tudo que te incomoda, lhe atrapalha e que tira a sua paz.

Após terminar a listagem, olhe pra esta lista e coloque em ordem de prioridade, numerando-as, não somente as mais urgentes as que trarão mais satisfação.

Depois, observe tudo que há na lista e verifique se você tem poder de mudar aquilo que lhe incomoda.

Por exemplo, “estou preocupado com alguém da minha família que está doente”, apesar de isto lhe preocupar não há como você mudar a saúde desta pessoa, “mas o que posso fazer para aliviar essa preocupação?” Bom, você pode fazer uma vídeo chamada, ligar para ela ou mandar uma mensagem de carinho.

Não adianta se preocupar com este tipo de situação, que não depende de nós, faça apenas aquilo que está dentro da sua alçada para aliviar a sua preocupação e se prevenir. Devemos focar naquilo que podemos resolver, onde somos os protagonistas, assumirmos essa auto responsabilidade e agir!

Em qual dos 5 ESTÁGIOS DA MUDANÇA você está?

Estamos vivendo, sem dúvida alguma, uma das maiores mudanças que já tivemos a oportunidade de experimentar.

Toda mudança passa, necessariamente, por 5 estágios e, dependendo da maturidade emocional que temos, passamos mais rapidamente – ou não – por essas fases.

Identifique em qual dos estágios abaixo você se encontra:

NEGAÇÃO: Sentimento de descrença. Por exemplo: “O quê? Trabalhar em casa? Nem pensar, isso não será necessário…Não deve ser nada sério?”;

RAIVA E LUTA: Sentimento de revolta, injustiça e/ou ira emocional. Por exemplo: “Estou com muita raiva de tudo isso, 2020 estava indo tão bem, porque logo agora?”;

NEGOCIAÇÃO: Momento de barganha interna ou externa. Por exemplo: “Até entendo que isso é sério, mas não vai acontecer comigo, sou jovem. Isso só acontece com idosos e entendi que não preciso mudar nada da minha rotina.”;

DEPRESSÃO | TRISTEZA | PARALISAÇÃO: Sensação de baixa de energia, tristeza e tédio. A pessoa fica paralisada temporariamente, sem saber o que fazer diante do novo cenário. Sente-se sem energia para a mudança. Por exemplo: “Estou muito triste, não consigo fazer mais nada além de pensar no que está acontecendo, não sei o que fazer, só tenho vontade de ficar na cama!”;

ACEITAÇÃO: Nesta fase começa, de forma racional, o processo de compreensão sobre a mudança. Conseguimos perceber com clareza que estamos vivenciando um problema complexo, no entanto começamos a entrar novamente em movimento. Começamos a criar estratégias para lidarmos com o novo cenário e criamos soluções. Por exemplo: “Eu tive uma ideia de um projeto que posso começar a fazer agora na minha empresa. Vou tirar do papel meu projeto que tinha colocado na gaveta há alguns anos. Vou tentar passar por essa fase com o máximo de saúde emocional, financeira e psicológica possível. O que tenho controle farei as intervenções e o que não tenho como mudar aceitarei sem ficar me pirando!”;

Toda mudança passa, necessariamente, por esses 5 estágios e sempre haverá o processo CONGELA – DESCONGELA – CONGELA.

Lembre-se, quanto mais rápido você tomar consciência destes estágios e ir para a aceitação de forma madura emocionalmente, mais rapidamente conseguirá se recompor e criar novos cenários, com as novas possibilidades.

Como diria Mario Sergio Cortella:

“Faça o seu melhor, na condição que você tem, enquanto você não tem condições melhores, para fazer melhor ainda!”

E aí, em qual destes estágios você se encontra neste momento?
Deixa nos comentários!

Confira também a entrevista exclusiva, que cedi à CBN, sobre os desafios que os líderes estão enfrentando neste momento complexo que estamos passando:

Listen to “Entrevista Vanusa Cardoso CBN 30mar” on Spreaker.

BLOG FINANÇA

Você gasta mais do que pode? Esse texto é pra você!

Você é daquelas pessoas viciadas em compras? Não pode ver uma promoção, que sai correndo para “aproveitar”? Comprar algo novo, principalmente quando está “abaixo do preço”, pode parecer algo imperdível, uma oportunidade única e às vezes adquirimos mesmo sem precisar do produto. Quem nunca pensou “talvez um dia eu precise disso”? Com os cartões de crédito e as lojas on-line, as compras estão, literalmente, sempre há um clique. Mais de 60 milhões de brasileiros têm dívidas que não conseguem pagar, e você não quer ser um deles, ou quer?

Você acredita que os cartões de crédito são facilitadores ou vilões?

Os cartões de crédito podem facilitar as nossas vidas, permitindo a compra de algo urgente sem ter o dinheiro necessário naquele momento, possibilitando dividir o valor em parcelas e facilitando a assinatura de serviços. Mas aquele modelo novo de celular e aquele colar lindo na promoção não são coisas urgentes, certo?

Geralmente, ao comprarmos com o cartão, temos a impressão de que não estamos realmente gastando nosso dinheiro. Isso acontece porque não vemos o valor em dinheiro sendo entregue no momento da compra, apenas no pagamento da fatura, um mês depois. O parcelamento também contribui com a ideia de que nossa dívida é menor do que ela realmente é. E não se engane, o dinheiro que você realmente pode gastar é diferente, e provavelmente muito menor, que o limite do seu cartão!

Aqui vai um desafio: faça as contas! Quanto você gastou em cartão de crédito no último mês? Anotou? Quanto, em porcentagem, esse valor representa do seu salário líquido? Depois de pagar o cartão, o aluguel, aquela dívida pendente, luz, água, quanto sobra para o seu lazer e investimentos no fim do mês? Ou você ainda não realiza investimentos e usa como o desculpa o fato de estar sem dinheiro, quando na verdade todo o seu dinheiro vai para parcelas do seu cartão de crédito? Cuidado! Você pode estar se autossabotando.

Não caia na armadilha das promoções

O fato de algo estar em promoção nos traz a ideia de que estamos diante de uma oportunidade única e imperdível de adquirir algo, mesmo quando não estamos precisando. Sendo ou não uma oportunidade única, se você não precisa, você não deveria querer!

Outro fenômeno das promoções é a impressão de que o novo preço é um valor pequeno, por causa da comparação com o preço antigo, mesmo que esse valor seja muito alto para o nosso bolso. Olhe os preços promocionais comparando com o que você pode pagar e não com o valor antigo.

Uma boa forma de evitar ter contato com promoções de produtos que não precisamos é descadastrando nosso e-mail da lista de promoções de lojas e desativando as notificações de aplicativos de compras no smartphone. Acesse os sites e apps de compras apenas quando surgir a necessidade real de adquirir um produto e vá direto ao que precisa, sem ficar passeando pela loja. Lembre-se que o objetivo da loja é vender!

Querer não é o mesmo que precisar

Antes de comprar um produto ou contratar um serviço, é bom analisar se aquilo é realmente necessário, ou se é apenas uma vontade momentânea ou até mesmo a influência de um bom vendedor. Outra dica é deixar a compra para um outro momento, quanto mais tempo esperamos para tomar a decisão final, melhor, pois evita a compra por impulso e garante tempo para perceber se realmente há a necessidade daquele produto ou serviço.

Ficar apenas reclamando da situação e não ir em busca de uma solução não vai fazer as contas diminuírem. É preciso força de vontade e determinação para mudar a situação. Não fique parado só observando todo o seu salário indo embora! Adquira educação financeira e perceba como a sua vida pode melhorar. Conheça o nosso novo curso “Líder Pleno” e descubra os benefícios de fazer o seu dinheiro trabalhar para você e os impactos que isso pode ter no seu dia-a-dia!

5 dicas

5 passos para uma boa gestão

Diversas empresas abrem e fecham diariamente e, muitas delas, vão a falência por conta de má administração. Para impedir isso e garantir o bom funcionamento da organização é fundamental rever a gestão do seu negócio. Preparamos cinco passos que podem te ajudar a ter uma gestão mais eficaz:

É preciso planejamento e organização

Esta é, sem dúvida, uma das etapas mais importantes. Um planejamento bem feito é essencial para que tudo funcione como esperado e da melhor maneira possível. É extremamente importante organizar a parte financeira, estrutural e de relacionamento entre os colaboradores.

Melhore a comunicação

A comunicação é parte fundamental para o bom relacionamento e desempenho de qualquer equipe. Por isso é importante saber falar de maneira clara e objetiva, atentando-se para a maneira que a mensagem foi recebida e certificando-se de que não restaram dúvidas.

Dar feedback é essencial para o crescimento dos colaboradores, para que cada um saiba o que está fazendo corretamente e em que precisa melhorar. Na hora de um feedback de melhoria, pergunte e tente compreender o que está causando o problema, com empatia e sem julgamento.

Crie objetivos e metas reais

Com objetivos claros é possível definir metas mais precisas, de acordo com o desempenho de cada equipe. Essas metas podem servir de motivação para que os colaboradores se dediquem com mais foco às tarefas e tornem-se mais produtivos. Metas exageradas geram ansiedade, estresse e cansaço, dificultando a conquista dos objetivos.

Seja líder, não chefe

Um bom líder pode fazer uma grande diferença no desempenho e produtividade de uma equipe. O líder deve servir de exemplo e trabalhar junto de sua equipe, sempre mostrando como as tarefas devem ser feitas, reforçando o que já está certo e corrigindo o que está errado.

Um líder despreparado pode desmotivar e, consequentemente, causar uma queda de desempenho em sua equipe. Um feedback feito a partir de um mal julgamento, por exemplo, pode causar estresse e até piorar ainda mais a situação.

Acompanhe a sua equipe de perto

Acompanhar o desempenho dos colaboradores, identificando as dificuldades e habilidades de cada um, é importante para o planejamento da distribuição de atividades de forma que a produção se torne mais otimizada. Também é preciso observar o desempenho de cada um para poder dar o feedback, ajudando no desenvolvimento do profissional.

Lembre-se: é preciso pensar a sua gestão para as pessoas que trabalham junto com você e não só para você. Ser um bom líder e ter uma boa gestão requer estudo, prática e, principalmente, empatia.

mundo vuca

Mundo VUCA: você sabe o que é?

O termo “Mundo VUCA” parece algo novo, mas é um cenário que diversas empresas e pessoas vivem há muito tempo. Essa realidade tende a se tornar ainda mais constante, ao passo de que a tecnologia evolui. O termo VUCA nasceu do acrônimo das palavras em inglês Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity (em português: volatilidade, incerteza, complexidade e
ambiguidade, respectivamente). Na década de 90, no ambiente militar, o U.S. Army War College usou esse conceito para explicar o mundo pós Guerra Fria.

A ideia de um “Mundo VUCA”, nada mais é do que previsibilidade nos planejamentos, que permite a pré-leitura de fatos que podem acontecer ao longo do processo. Projetar cenários a longo prazo e conseguir soluções para eles, é o sonho de diversos líderes, grandes empresas e pessoas em geral.

Com a velocidade que as coisas evoluem, cometemos o erro de não nos planejarmos e isso pode interferir negativamente quando o assunto é vida pessoal ou profissional.

Volatilidade

O termo, dentro da sigla, refere-se à velocidade com que as mudanças ocorrem, fazendo com que a capacidade para se adequar a elas reduza.

Para vencer a volatilidade é preciso ser resiliente, à fim de encontrar alternativas de enfrentar dificuldades que possam surgir ao longo do processo.

Incerteza

Quando você não consegue prever uma situação ou um cenário, acaba tendo dificuldades na hora de buscar novas soluções que poderiam ser aplicadas para solucionar um determinado problema.

A maneira mais fácil de vencer a incerteza é sendo flexível. Saber se adaptar aos cenários que podem surgir – ainda que turbulentos – faz com que se mantenha a estabilidade dentro de uma situação que, para muitos, pode parecer extremamente desafiadora e amedrontadora.

Complexidade

Quanto mais ampla for a visão e quanto mais você enxergar o “todo”, maior também será a probabilidade de você encontrar soluções eficazes e rápidas.

Ser multidisciplinar permite que você tenha uma visão abrangente, fazendo com que você encontre soluções eficientes e rápidas para diversos cenários. A multidisciplinaridade é a melhor solução para vencer a complexidade.

Ambiguidade

Ser ambíguo, nada mais é do que a falta de clareza e concretude em determinados momentos, fazendo com que haja uma interpretação dúbia dos fatos. A consequência disso, sem dúvida, é a dificuldade de achar soluções direcionadas.

Ao passo de que você precisa “prever” e “precaver”, no mundo VUCA é preciso tomar decisões rápidas – ainda mais se tratando de cenários com ambiguidade. Embora você possa acabar caindo em ciladas e optando por caminhos falhos, o erro que vem rápido poderá permitir a mudança ágil dentro de um cenário, proporcionando uma melhor adaptação no mundo VUCA.

Qual é a melhor maneira de organizações se prepararem para um contexto VUCA?

Quando falamos de empresas, é preciso criar um caminho que permita integração, compartilhamento e geração de novos conhecimentos. Ter uma gestão eficaz, que permite olhar o futuro com mais clareza, certeza e com mais resultados positivos motiva a equipe.

Encontrar habilidades nos gestores, gerar um ambiente inovador e sem medo de correr riscos: esse é o segredo do sucesso de grandes impérios e o que está por trás das grandes vitórias revolucionárias.

vanusa_cardoso_blog_como discordar_sem brigar_em_5 passos

Como discordar sem brigar em 5 passos

Como você sabe, somos todos diferentes e temos nossas próprias histórias, vontades e opiniões. E em nossa trajetória encontramos diversas pessoas: algumas com vivências parecidas e pensamentos que vão de encontro ao nosso. Outras, com planos completamente diferentes e opiniões que não entendemos e/ou não concordamos. 

E acredito que a beleza da vida está aí: no outro, nas diferenças, no discordar.
Se todos pensássemos e fizéssemos as mesmas coisas, se tivéssemos as mesmas aspirações, sem questionarmos, como poderíamos evoluir como planeta, sociedade e individualmente? 

O outro nos desafia. E, ao contrário do que muitos pensam, é possível discordar sem brigar. Está tudo bem não concordar com o outro ou ser questionado sobre seus próprios atos e opiniões. O que não pode acontecer é essa discussão, que deveria ser saudável e se transformar em aprendizado, se tornar uma briga. 

Mas afinal, por que as pessoas brigam em uma discussão?

Primeiro tenha em mente que discutir não é sinônimo de brigar. O conceito de discutir está ligado ao ato de analisar e argumentar, levantar questionamentos acerca de algo, defender pontos de vista. Acho importante desmistificar a palavra discussão. Não é porque duas pessoas estão discutindo, que elas estão brigando. Entende?

Além da má-interpretação da palavra, que contribui para algo negativo, também acredito que muitos brigam durante a discussão porque não conseguem se colocar no lugar do outro, porque não têm empatia.

E a empatia é elemento-chave na comunicação não-violenta. Saber ouvir, sem julgar, procurando entender o outro e a sua história é essencial para discutir; para procurar um meio-termo entre as duas opiniões e resolver, ao invés de brigar. 

Geralmente, uma discussão que termina em brigas, tem como foco defender as próprias opiniões, ao invés de chegar a uma solução. As duas pessoas estão tão focadas no que estão sentindo e pensando, que não conseguem se ouvir. Por isso a empatia se torna importante. 

É possível discordar sem brigar. Quando se há respeito e empatia, quando há vontade de ouvir o outro sem julgamentos, para entendê-lo, a discussão se torna um aprendizado e se transforma em solução. 

O que fazer para discordar sem brigar? 

Eu acredito que existem formas de discordar sem brigar com o outro. Ainda que você seja uma pessoa “esquentada”, que precisa “controlar o Hulk interior”, saiba que há formas de expor o que pensa, a sua opinião, sem se exaltar. Então para que você passe o ano mais conectado consigo mesmo e se comunicando de forma assertiva e não-violenta, listei 5 passos para você discordar sem brigar:

1 – Está nervoso? Evite a discussão

Quando estamos de cabeça quente, o ideal é esperar. Respirar fundo, tomar aquele copo de água, entender os próprios pensamentos, para depois dizer o que sente e o que acha. Observe seu corpo. Quando você está nervoso, sente um aperto na garganta? No pescoço? O estômago dói? Nosso corpo fala e dá os indícios de que iremos nos exaltar.

Em uma discussão saudável, uma pessoa escuta a outra e vice-versa. Se as duas estão bravas, não há diálogo, há a defensão dos próprios pontos de vista. Então, ao invés de discutir de cabeça quente, diga ao outro que você não está no seu melhor dia e que precisa pensar sobre o assunto, antes de dar uma resposta. Não há do que se envergonhar ao falar isso. É muito melhor acalmar a mente, do que depois tentar remediar o que já foi dito. 

2 – Concentre-se nos fatos 

Quando a discussão começar a ficar mais acalorada, concentre-se nos fatos. Coloque-se no lugar do outro e, juntos, vejam o que é mais viável, o que faz sentido e é mais lógico fazer. Essa é uma dica muito boa para ambientes corporativos. Então, se você não concorda com o ponto de vista do chefe ou do colega, traga fatos: experiências que você teve executando uma tarefa da forma que ele deseja e você não concorda, dados de pesquisas, opiniões de especialistas e outros.

3 – Mantenha o tom de voz

A discussão está começando a ficar complicada? Preste atenção no seu tom de voz. Muitas pessoas, quando não concordam com o outro, acabam aumentando a voz e isso não é um bom sinal. Então, mantenha sempre o tom educado e respeitoso ao discordar. Concentre-se em ouvir e entender o outro e defender seu ponto de vista, sem se exaltar. Respire, tome uma água e, caso não consiga acalmar os ânimos, encerre a discussão – como a dica do primeiro tópico.

4 – Escute o outro

Durante a discussão, abra o coração e ouça o que o outro tem a dizer. Busque entender seu ponto de vista sem julgá-lo. Ouça de verdade, sem ser para rebater o que ele está dizendo. Quando conseguimos nos conectar com o outro e entendê-lo, fica muito mais fácil nos fazermos entender e chegarmos a um consenso. Lembre-se: empatia é tudo para uma comunicação assertiva.

5 – Não leve para o lado pessoal 

Essa é uma ótima dica para discussões na empresa. Não leve a discussão para o lado pessoal. Entenda que atacar pessoalmente o outro não leva a lugar nenhum e que o importante é manter o foco na solução do problema. Ao invés de falar de crenças e estilo de vida do outro, apresente ideias e soluções. Foque em ouvir e defender seus pontos de vista com base em fatos. 

Gostou das dicas? Espero que você consiga colocá-las em prática e que as suas discussões não se transformem mais em brigas. Ah, e se você quiser aprender mais sobre comunicação não-violenta, comunicação assertiva e comunicação amor/verdade, estou com turmas abertas para meu curso 100% online

É possível discordar sem brigar, estabelecer relações mais tranquilas e comunicar o que sente com verdade e amor. A comunicação é peça-chave do sucesso no trabalho e na família, então, bora aprender mais neste ano que está iniciando? Aproveite e encaminhe este material e o link do curso para quem você ama. 

Até a próxima!

Por que você precisa aprender a dizer não

Ao longo da minha trajetória profissional e até no meu dia a dia, entre amigos e familiares, conheci muitas pessoas com a mesma característica: não conseguir dizer não. Percebam que eu usei o verbo “conseguir” porque é justamente o que acontece. Por algum motivo, mesmo quando querem e quando precisam, essas pessoas não conseguem dizer a palavra não. E quando se vê, o não se transforma em sim, ou em culpa.

Enquanto para alguns é fácil, para outros, negar o happy hour com os colegas após o expediente, dizer aos filhos que não pode comprar determinado brinquedo, falar ao companheiro que não quer viajar no fim de semana ou dizer ao chefe que não consegue realizar uma tarefa porque a pauta está lotada e o prazo é curto, se torna algo difícil.

Com isso, os sentimentos de culpa, de fragilidade e de decepção chegam. Ninguém quer desapontar o outro, mas, dizer não é necessário, e é importante para que você viva feliz, de acordo com quem é, com o que pensa, com o que deseja, mesmo que o outro não entenda ou não concorde com isso. Dizer não é tão importante quanto dizer sim, principalmente para que você não desaponte a pessoa que deve estar em primeiro lugar na sua vida: você

Mas e como o outro vai reagir diante do seu não? Vai ficar bravo? Vou me colocar em uma situação chata? Acredite: há muitas formas de se expressar e dizer não com verdade e amor. É assim que se dá uma comunicação assertiva: com clareza, explicando e contando como realmente se sente e pedindo para que o outro se coloque no seu lugar.

Quais são os benefícios de dizer não?

Acho que um dos principais benefícios de aprender a dizer não é estar alinhado consigo mesmo. Quando você sabe o que quer e o que não quer, aprende mais sobre si, a sua história e está mais aberto a alcançar o que deseja. Dessa forma o outro também aprende a respeitá-lo e a entender suas ações e seu ponto de vista. 

Você já reparou o quanto é desgastante fazer algo por obrigação? Ou tentar dar conta de tudo, quando você sabe que não consegue – ou que não deveria? Dizer não, impor limites, não faz de você uma pessoa ruim. Faz de você um ser humano, que entende seus limites, suas dificuldades e que também precisa de ajuda – e está tudo bem. 

Quando você começa a dizer mais não e passa a se ouvir e a se respeitar, deixa se se sobrecarregar de tarefas e emocionalmente e, consequentemente, as situações complicadas também vão diminuindo. Porque você aprendeu que está tudo bem não dar conta de tudo, ou precisar de ajuda. 

Como dizer não sem sentir culpa

Se você ainda não se sente confortável em dizer não, não se preocupe. É um processo, requer tempo e exercício constante. Saiba que você não precisa dizer não de forma dura e direta. É possível negar um convite ou uma tarefa sem brigar, sem gerar uma situação constrangedora. Como? 

Comece identificando suas prioridades: você consegue dar conta do que te pediram?
Você quer fazer, quer ir? O que você sente com relação a isso? Se você quer ir/fazer é por causa do outro, do que ele irá pensar sobre você ou por sua causa, porque é um desejo seu?

Depois de descobrir a sua real motivação, seja verdadeiro consigo mesmo. Se você quer dizer não, você pode – e deve – dizer não. Comece agradecendo o convite do outro e explicando por qual razão não poderá ir.

Exemplo 1: Muito obrigada pelo convite, mas nesta semana eu tenho outros planos e, infelizmente, não consigo ir. 

O mesmo você pode fazer com relação ao seu chefe, quando ele perguntar se você pode fazer determinada tarefa. 

Exemplo 2: Infelizmente eu não consigo realizar essa tarefa hoje. Estou dando prioridade para o relatório que você me pediu nesta semana e preciso de tempo para focar nele. Você consegue aumentar o prazo dessa nova tarefa ou pedir para outro colaborador? 

Viu como é possível? Nos dois exemplos o não foi dito de uma forma educada, verdadeira, sem medo e sem culpa. Percebe que tudo está na forma como nos comunicamos com o outro? No nosso tom de voz e na abordagem? 

Priorize-se sempre! Quando receber um convite ou um pedido em que você não se sente confortável, converse. Tente explicar seu ponto de vista com calma, com carinho e escutar o outro também. Se não sabe qual será a sua resposta diante de uma situação, peça um tempo para pensar – não há nada de errado nisso.

E, quando o outro não entender o seu não. Negocie. É bom chegar em um consenso no trabalho, por exemplo, priorizar o que deve ser priorizado e achar outras formas de resolver, sem que você se sinta pressionado, com medo ou na obrigação de dizer sim. 

Lembrando: dizer não é importante e é necessário para sua saúde mental, emocional e espiritual. Quando deixamos de falar não para o outro, é como se estivéssemos nos violentando, nos machucando, porque deixamos de seguir a nossa vontade e fazemos algo por obrigação.

Então bora dizer não sem medo e sem culpa neste ano?
As matrículas para meu curso online de Comunicação Não-Violenta, Comunicação Assertiva e Comunicação Amor/Verdade estão abertas e esta é uma ótima oportunidade para você aprender a se comunicar estando mais conectado ao que sente e pensa. 

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O seu sucesso no trabalho e na vida depende muito da forma com que você se coloca e se comunica. Vamos nos comunicar com assertividade no ano que está por iniciar? Aproveite e faça o curso, os exercícios, e presenteie quem você ama. Clique no banner e confira!

Até a próxima!

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Por que empatia é essencial para estabelecer uma comunicação mais assertiva?

Nas redes sociais, em palestras, artigos na internet e até nas mídias mais tradicionais, como jornais, revistas e programas de televisão: o mundo tem pedido por empatia.
O tema está sendo cada vez mais lido, ouvido, falado, discutido. Mas afinal, o que isso significa? Por que a tal da empatia, essa que todo mundo fala e publica, é tão importante? O que ela tem a ver com a forma como a gente se comunica?

Empatia nada mais é do que a capacidade de se colocar no lugar do outro, de ouvir sem julgamento, de entender sua história, o que a pessoa está passando, o que ela está sentindo, para aí, compreender suas atitudes e decisões. 

Ser uma pessoa empática é ter a capacidade de sentir a dor ou a alegria do outro, mesmo que não haja uma ligação profunda com o mesmo. É entender e ter a consciência de que todos nós passamos por situações diferentes e que cada um tem uma forma de viver e lidar com elas. 

Empatia vem de empatheia, que significa paixão, estado de emoção, em grego. Traçando um paralelo entre as duas palavras, empatia e paixão, conseguimos perceber que ambas têm a capacidade de se projetar no outro, de se identificar com alguém. 

Empatia x Simpatia 

Quando falamos de empatia é quase impossível não associarmos o termo a outras palavras de grafia semelhante, como simpatia. Diferentemente do que muitas pessoas acham, empatia e simpatia não são a mesma coisa.

A simpatia tem uma resposta mais intelectual, enquanto a empatia é mais emocional.
A primeira está relacionada à vontade de estar junto ao outro, de agradá-lo. Já a empatia estimula a vontade de conhecer e compreender alguém, mesmo que esse alguém não seja tão próximo.

Enquanto a empatia ocorre por um processo de compreensão, de vestir os óculos do outro e buscar enxergar como ele, a simpatia une as pessoas por causa das afinidades que elas possam ter, por causa do que têm em comum, do que conhecem, comem, têm como hobbie e assim por diante. Agora ficou fácil entender a diferença entre as duas, não é mesmo?

A importância da empatia na comunicação 

Para nos comunicarmos bem, de forma efetiva, é necessário entendermos o outro e a nós mesmos. Por isso empatia e autoconhecimento são fundamentais para uma comunicação assertiva. 

Na visão de Daniel Goleman, psicólogo e autor do livro Inteligência Emocional, a empatia nos auxilia na compreensão da perspectiva alheia, melhorando consideravelmente a forma como nos comunicamos uns com os outros. 

Quando nos abrimos para ouvir o outro, identificar o que é importante para ele; descobrir como essa pessoa enxerga o mundo e tudo o que ela passou para chegar onde está, conseguimos entender o que falar, onde, quando e como falar.

Esse processo torna a comunicação muito mais assertiva, humanizada, e pode ser implementado em todas as relações. Se pensarmos que boa parte dos problemas se dá pela falta de comunicação, talvez você, que está lendo este artigo, esteja passando por alguma situação em casa, com algum amigo, ou no ambiente de trabalho por causa disso. 

Como aplicar a empatia no dia a dia?

Para ter uma atitude empática, o essencial é estar com a mente e o coração abertos, ouvir o outro e deixar o julgamento de lado. Ressalto novamente que cada um tem uma história, tem medos, traumas e estamos todos em evolução. Para trazer a empatia pro seu dia a dia é necessário se despir dos preconceitos e se vestir de compreensão, entender, conforme a realidade do outro, seu ponto de vista e, por fim, suas atitudes. 

Saiba ouvir. Quando você estiver conversando com alguém, deixe o celular de lado. Mantenha-se aberto e presente na conversa. Mostre que você está ali para ouvir, entender e ajudar o outro. 

Curiosidade e observação também ajudam. Algumas pessoas são mais reservadas, não gostam muito de compartilhar o que estão vivendo no momento, mas, com cuidado, fazendo as perguntas certas, elas podem se abrir, estabelecer uma relação de confiança com você, e aceitar a sua ajuda. Observar e, cuidadosamente, perguntar se o outro está bem, se precisa de ajuda, se quer conversar, são formas de exercitar a empatia. 

Agora que você já entendeu o que é empatia e porque ela é tão importante no dia a dia, como uma comunicação empática melhora relações, o que você acha de implementá-la no trabalho, em casa, no trânsito…? Você verá que muitos dos problemas que você tem hoje diminuirão. Você será mais assertivo ao comunicar o que sente, o que deseja e, também, entenderá o que o outro está passando. 

É por acreditar que todos nós precisamos trabalhar melhor a comunicação, a forma como escutamos o outro e a forma como expressamos nossos sentimentos, que no Vanusa Cardoso Academy, disponibilizei 27 videoaulas sobre o tema. 

O curso é dividido em três módulos: Comunicação não-violenta, Comunicação assertiva e Comunicação Amor Verdade. Todos eles ajudam a melhorar a relação consigo mesmo e com os outros. Tenho certeza de que esse aprendizado fará bem para muitos. Quer saber mais? Clique no banner e confira!

Bora trazer mais empatia para seu dia a dia? Espero você no próximo artigo. Até breve!