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Treinamento de liderança: como escolher a melhor opção?

Desenvolver os líderes é uma necessidade factível dentro das empresas. Com o passar do tempo os RHs identificaram novos perfis de líderes, novas expectativas de crescimento e objetivos. Sendo assim, potencializar a evolução dessas pessoas por meio do treinamento de liderança se tornou uma questão que merece atenção.

Quando a empresa toma a decisão de investir no crescimento dos líderes é possível visualizar o antes e depois de um treinamento especializado.

O desenvolvimento pessoal e profissional desperta líderes inspiradores, assim como, pessoas mais conscientes da sua responsabilidade junto ao time e com o legado que pretende deixar na sociedade.

O resultado de tudo isso? Profissionais e líderes alinhados com o propósito da empresa e despertos para o seu relevante papel.

Desta forma, preparei um artigo para que se possa compreender um pouco mais sobre a importância do treinamento de liderança, quais são os tipos que existem até o momento e como você pode escolher o melhor treinamento para o seu time.

Se você deseja saber mais sobre o assunto, continue comigo até o final da leitura.

A importância do treinamento de liderança

Algumas questões são importantes quando se fala em treinamento de liderança. Afinal, estamos citando um grupo de pessoas que representa a empresa de diversas formas, levando sua mensagem e objetivo aos outros colaboradores.

Além disso, os líderes precisam entender o que a empresa espera de resultado, viver os valores da mesma e ter a capacidade de disseminar essas importantes questões para os seus times.

Por mais que essa missão possa parecer complicada, com a ajuda de um treinamento de liderança pode se tornar mais fácil e, totalmente, possível.

Sendo assim, o treinamento de liderança é importante pois:

  • Desperta o líder para a responsabilidade que ele tem junto ao seu time;
  • Causa reflexão sobre a sua missão de vida pessoal e profissional;
  • Desenvolve habilidades necessárias para a execução das tarefas do dia a dia;
  • Proporciona um conhecimento avançado sobre as técnicas e metodologias importantes para a liderança;
  • Aproxima o líder das pessoas ao despertar no mesmo o sentido de união, empatia, confiança e segurança;
  • Conduz o líder por um caminho focado em resultados e qualidade na entrega dos projetos, produtos e serviços, preparando-o para seu crescimento na empresa.

Perceba que essa lista clarifica a concepção do treinamento de liderança. Por meio dele é possível trazer a tona o que o líder tem de melhor, fortalecendo os pontos acima e trabalhando nas situações que requerem melhorias e evolução.

O treinamento de liderança pode abranger questões técnicas, bem como, as comportamentais, necessárias para desenvolver o líder com sucesso.

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Tipos de treinamento de liderança

Sabendo que treinar os líderes é peça chave no quebra-cabeça do sucesso de uma empresa, compreender os tipos de treinamento de liderança é o próximo passo.

Os treinamentos podem ter diversos objetivos e desenvolver diferentes tipos de habilidades técnicas ou comportamentais, mas quero destacar 4 formas significativas para desenvolver o time de líderes.

Mentoria: este formato vai além do treinamento em grupo, pois na mentoria, o líder passa por uma imersão acompanhada pelo mentor. Neste modelo, o mentor se envolve no dia a dia do líder trabalhando suas necessidades de acordo com a realidade dele. Pode ser um complemento interessante a outros de tipos de treinamentos.

Treinamento técnico: como o próprio nome já diz, o treinamento técnico existe para desenvolver conhecimentos específicos que vão resultar em uma profissionalização do líder. Tais conhecimentos podem ser voltados às metodologias de gestão de pessoas, gestão do tempo, uso de tecnologias e etc.

Treinamento comportamental: seguindo a linha do treinamento técnico, o treinamento comportamental tem como objetivo desenvolver habilidades carentes nos líderes. Neste caso, podem ser desenvolvidas pontos importantes como: comunicação, oratória, poder de escuta, capacidade de delegar, motivação e etc.

Gamificação: esse formato de treinamento pode vir casado com todos os tipos acima, mas também, pode ser uma forma lúdica de passar uma mensagem ao time ou de desenvolvê-los. Na gamificação pode-se explorar os jogos, os momentos de integração em equipe, como por exemplo, cozinhar juntos ou construir algo em equipe.

É importante destacar que você não precisa escolher somente um tipo de treinamento de liderança para utilizar, fazer uma mescla de diferentes formatos pode ser uma decisão inteligente.

Como escolher a melhor opção para o seu time?

Se você chegou até este ponto da leitura, pode estar pensando: Ok Vanusa, mas como escolho a melhor opção de treinamento para os meus líderes?

Sendo essa uma definição importante, quero destacar alguns pontos para que possa refletir no processo de escolha:

1) Liste as suas necessidades: de pouco adianta procurar um treinamento de liderança se você não souber o que deseja alcançar com tal iniciativa. Sendo assim, a primeira coisa a fazer é listar quais são as necessidade e dores do seu time. Desta forma, você poderá identificar o tipo de treinamento mais importante para o momento.

2) Verifique o orçamento: tendo em vista o tipo de treinamento que necessita, verifique a disponibilidade de orçamento e o seu budget para colocá-lo em prática. Sem essa informação você pode investir muito tempo em algo que não é factível para a empresa.

3) Pesquise por empresa e profissionais: faça uma pesquisa caprichada para identificar potenciais empresas e profissionais que possam realizar o treinamento. Identifique se os mesmos trabalham com a lista de necessidades que você fez e se estão dentro do seu budget. Procure ter em mãos pelo menos 3 orçamentos, com isso seu processo de escolha será mais assertivo.

4) Confirme a adesão dos líderes: uma vez que você tem uma proposta em mãos e uma ideia de como será o treinamento, procure confirmar a adesão dos líderes. Para que o treinamento tenha sucesso é importante que os mesmos estejam comprometidos a entrar na jornada de coração e mente. Confirme essas questões antes de seguir em frente, bem como a duração, dias e horários do treinamento de liderança.

Uma necessidade, muitos benefícios

Realizar o treinamento de liderança não deve ser algo pontual na sua empresa, mas sim um processo contínuo e alinhado com as expectativas de resultado.

O crescimento da empresa parte de uma relação ganha-ganha, ou seja, a responsabilidade pelo desenvolvimento do líder é mútua. Assim como a empresa precisa estar disposta e oferecer os treinamentos, os líderes precisam estar interessados e comprometidos com o processo.

Essa é uma necessidade latente que traz diversos benefícios para todos, como percebemos ao longo do artigo.

E você, como organizar e seleciona os treinamentos na sua empresa? Deixa aqui nos comentários.

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Conheça 3 tipos de liderança e identifique qual é a sua

Quando falamos em tipos de liderança, precisamos analisar conceitos, perfis e atitudes. Um líder considerado de “alto nível”, é aquele que conhece tudo o que passa na sua equipe e com base nas informações que colhe, conserva atitudes que proporcionam o melhor desempenho do time – à fim de beneficiar as empresas.

Além disso, um líder que se diferencia no mercado, possui um relacionamento estratégico de confiança com a equipe e, com isso, consegue se adaptar a situações e tomar decisões consideradas importantes, a exemplo do que acontece com a liderança situacional.

Se você deseja conhecer os 3 tipos de liderança que escolhi para explorar neste artigo e, também, tentar identificar qual é o seu próprio tipo de liderança, continue comigo nessa leitura.

3 tipos de liderança que você precisa conhecer

Quais são os três tipos de liderança mais comuns? Conheça agora um pouco mais sobre cada um deles.

Líder Autoritário

O perfil autoritário ainda é muito comum. Geralmente é focado na execução e tem como pilar as “regras” pré-determinadas.

Neste tipo de liderança, a voz do líder é a única que importa e este perfil, muitas vezes, não considera a opinião dos liderados.

“Manda quem pode, obedece quem tem juízo.”

Este tipo de “persona” de líder costuma definir os caminhos a serem seguidos e inclusive, quem fará o que. A grande problemática, especificamente nesta situação, é que um colaborador pode acabar se envolvendo em um projeto que não converge com o seu perfil profissional – isso poderá acarretar em demora na entrega e baixa produtividade.

A equipe deste líder costuma ser desmotivada e, na maioria das vezes, não enxerga possibilidade de crescimento. Bons profissionais podem ser perdidos no meio do caminho e a empresa pode sofrer as consequências por fomentar este tipo de liderança.

Conheça algumas características do líder autoritário:

  • Relação de poder;
  • Não aplicação de feedbacks;
  • Pouca ou nenhuma escuta;
  • Pode aparecer em momentos de crise extrema.

Líder Democrático

Quando falamos de democracia, vamos no caminho oposto do autoritarismo. O líder democrático entende as pessoas e estimula os colaboradores a participarem, darem ideias, inovarem, sugerirem mudanças e, com isso, podem participar nas decisões da equipe de forma ativa.

“Nossa união será capaz de destronar qualquer prova de fogo!”

Contudo, este tipo de líder sabe que embora os liderados tenham poder de voz e sejam escutados, as consequências das decisões recairão sobre ele. Isso faz com que o líder democrático acompanhe de perto as decisões.

As características mais comuns deste tipo de liderança são:

Líder Liberal

Esta liderança pode ser excelente ou um desastre total, tudo dependerá de como e em que situação ela é aplicada.

O líder liberal costuma dar total liberdade para que os colaboradores possam realizar as suas atividades sem que haja uma supervisão invasiva.

“A confiança é nossa bandeira!”

Quando se tem uma equipe experiente e quando o líder conhece profundamente os seus liderados, essa liderança pode cair como uma luva. A confiança, neste tipo de liderança, é primordial. Além disso, é necessário identificar quais colaboradores se adequam a esse tipo de trabalho, pois o líder precisa perceber quais se sentem mais à vontade para realizar tarefas profissionais sem que haja uma figura de “chefe” ao lado.

Assim como o líder democrático, este tipo de perfil de liderança também é 100% responsável pelas consequências das decisões.

Veja algumas características deste tipo de líder:

  • Não costuma influenciar no trabalho individual;
  • Não costuma traçar planos a longo prazo
  • Sua influência entra apenas quando necessário.

Leia também: Como e quando posso elogiar em grupo?

Que tipo de líder eu sou?

Nesta altura do campeonato, você deve estar se perguntando: que tipo de liderança eu devo adotar?

E se eu te falasse que o ideal é que você aplique todos os tipos de liderança, em diferentes proporções e de acordo com cada situação?

Isso mesmo! Inclusive o Líder Autoritário!

Lembre-se que os times possuem pessoas e pessoas possuem perfis diversos. Não é preciso ir longe demais. Pense na sua trajetória profissional e tente lembrar dos indivíduos que representavam perfis como: o experiente, o perdido, o desmotivado, o influenciador.

Pensou? Agora pense que, como líder, você cruzará com estes perfis na hora de liderar, então é necessário lidar com cada um deles de forma diferente. Conhecer a equipe, permitirá que você desenvolva maneiras diferentes de lidar com cada colaborador. Lembre-se que a maioria dos times, geralmente, são heterogêneos.

A melhor maneira de ser um líder de sucesso é conhecendo a sua equipe. Desta forma, você conseguirá definir como se portar em situações distintas.

Aproveite para deixar nos comentários o que você achou deste material e se ele foi útil para melhorar a sua liderança.

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RH 4.0: o que esperar da nova era de Gestão de Pessoas?

O mundo tem avançado, principalmente em questões de tecnologia, de maneira veloz. Com isso, diversas empresas perceberam que a melhor maneira de não ficar pra trás, sem dúvida, é se atualizar. As mudanças adotadas por essas companhias também chegaram na área de Recursos Humanos, fazendo surgir o que chamo de RH 4.0.

Esta nova maneira de gestão tem, por objetivo principal, cobrir as necessidades que o mercado atual vem apresentando.

Desta forma, preparei este artigo para que você conheça um pouco mais sobre a nova fase desta área tão importante dentro de uma empresa, o que é o RH 4.0 e a sua importância.

O que é o RH 4.0?

Nos últimos anos a sociedade, e os profissionais em geral, têm falado sobre a chamada “Quarta Revolução Industrial”. Ela se trata do impacto que a tecnologia tem causado nas corporações.

Com ela, vem também o RH 4.0, obrigando o setor a se reinventar, para atender de maneira qualitativa as demandas da organização.

O RH 4.0 é responsável pela contratação de times de alta performance e, para isso, usam a tecnologia ao seu favor.

A gamificação, por exemplo, que é o uso de técnicas de jogos, majoritariamente virtuais, para cativar pessoas por intermédio de desafios constantes e bonificações, é utilizada para gerar engajamento. Além disso, diversas ferramentas que apresentam indicadores de desenvolvimento estão sendo usadas para medir produtividade.

Sendo assim, a resolução de problemas e os processos diários do RH são facilitados por meio da tecnologia.

Qual é a importância do RH 4.0?

Mais do que nunca, a área de Recursos Humanos tem uma responsabilidade grande e se tornou um peça fundamental para o sucesso das organizações. Com o avanço da tecnologia e a adesão de diversas ferramentas facilitadoras, o RH 4.0 consegue acompanhar o desempenho dos colaboradores propondo melhorias e avanços que podem ajudar no crescimento da empresa.

Com a 4ª Revolução Industrial, vem também a quebra de padrões, paradigmas, comportamentos e pensamentos, que influenciam diretamente na atitude dos colaboradores e no seu dia-a-dia.

Ter um RH com olhar atencioso para estas mudanças é extremamente valioso e permite mudanças rápidas que podem resultar em ganhos para a organização.

Além disso, o RH desta nova era tem um feeling maior para retenção de talentos e obtenção de novos integrantes para a equipe, com skills (habilidades) eficazes e que poderão colaborar para o crescimento do negócio.

O RH, neste novo período, se obriga à reinvenção.

Ou seja, não adianta manter práticas antigas e esperar novos talentos, que de fato, fazem a empresa crescer se os mesmos padrões de anos atrás foram mantidos. Colaboradores novos requeremos processos novos.

O que muda com o RH 4.0?

Com as mudanças do mercado, diversos processos ganham destaque na gestão e seleção de pessoas. Observe o que impacta na adoção de um RH 4.0.

Prazos reais, para produções reais

Para que se tenha uma boa gestão, que compreenda prazos reais, é necessário o acompanhamento semanal da equipe e de suas tarefas. Este tipo de relatório pode ser obtido por meio de sistema de gerenciamento e/ou follow semanal.

Quando você aplica prazos reais, para produções reais, consegue melhores engajamentos e desempenhos da equipe. Se uma tarefa precisa de 30 dias para ser executada, é necessário que este seja o prazo determinado.

Aplicando-se o tempo necessário, os colaboradores conseguem mensurar suas tarefas e trabalhar a gestão do tempo.

Promover um controle das tarefas ajudará para que os colaboradores permaneçam apenas o tempo suficiente na empresa, diminuindo a necessidade de estar dentro do ambiente corporativo por um longo período.

O online chega pra ajudar

No RH 4.0 acontece a união entre os ambientes digitais e físicos. Lembre-se que todos estão conectados à internet, seja no computador ou no smartphone, e é preciso usar isso a favor da empresa.

Áreas de Recursos Humanos podem começar a usar ferramentas de aplicação de feedbacks, gestão de produtividade, organização de tarefas e até para determinação de metas internas.

Além disso, o RH 4.0 consegue identificar possíveis “influenciadores digitais em potencial” nas equipes, utilizando a linguagem do time para divulgações internas de ações ou produtos da corporação, reforçando sua importância e benefícios.

O RH 4.0 ainda pode buscar no online a identificação de personalidades, como estilo de vida, opiniões apresentadas de forma online, comportamento e etc., a fim de dedicar o colaborador ideal para cada tarefa, gerando uma maior produtividade e de forma mais assertiva.

Candidato alinhado

Como o RH 4.0 se beneficia das novas ferramentas online para aumentar o desempenho do time e da equipe, podem ser usadas também, as ferramentas para captação de novos colaboradores.

Com a necessidade de um recrutamento e seleção mais alinhado com os valores e com a missão da empresa, o RH pode usufruir de ferramentas como o Linkedin, Facebook ou Instagram, por exemplo, para selecionar as pessoas que irão ingressar na equipe.

Ademais, pode-se usar ferramentas online para as entrevistas, possibilitando a contratação de pessoas que estejam em outros estados ou países. Com o uso da tecnologia, é possível encontrar o candidato ideal para uma vaga.

Desta maneira, é possível evitar o Turnover alto dentro da sua empresa.

Gestão remota

Mais do que nunca, o momento atual exigiu o desbloqueio desta skill nos gestores.

O trabalho home office veio para mostrar que é possível reunir os colaboradores mesmo fora do ambiente organizacional físico e, ainda assim, ter resultado.

Com a chegada do Covid-19, entende-se que existem trabalhos que podem ser desenvolvidos com competência mesmo com gestão à distância.

Uma pesquisa realizada pela ISE Business School mostrou que o fato de trabalhar em casa aumentou a produtividade dos colaboradores em 60% e ainda fortaleceu laços familiares importantes para a saúde mental em 90% dos entrevistados. Na mesma entrevista, 80% dos executivos disseram gostar da experiência de trabalho e acreditam que a modalidade se adapta aos requisitos de suas funções.

Quais os maiores benefícios do RH 4.0?

Com a chegada desta nova realidade, é possível que a equipe de Recursos Humanos possa oferecer diversos benefícios aos colaboradores, aumentando engajamento, produtividade e comunicação entre o time.

Imagine poder presentear aquele que teve o melhor produtividade ou engajamento. Imaginou? Isso é possível ao usar, dentro da empresa, ferramentas que possibilitem captar esses dados de maneira eficaz.

Além disso, pode ocorrer a melhora significativa dos processos, possibilitando resultados ainda mais lucrativos.

Como se pode observar, o RH 4.0 demanda importantes mudanças no modo de pensar e operar dentro das empresas. É preciso ter estratégia, ferramentas digitais, inovação e foco em resultados. Somente assim, será possível manter a competitividade, se destacar de outras empresas, atrair talentos e retê-los com sucesso.

Desta maneira, é possível ter um time de ouro e que, de fato, vista a camisa do seu negócio.

Gostou deste artigo? Como o seu RH tem se preparado para ser 4.0? Deixe sua resposta nos comentários.. Até a próxima semana!

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Síndrome de Burnout: como identificar, como evitar e como tratar?

Você, alguma vez, já ouviu falar sobre a Síndrome de Burnout? Muitas empresas não têm percebido, mas podem estar causando de forma indireta o esgotamento psicológico dos seus colaboradores e é preciso ligar o alerta.

Colaboradores motivados produzem mais, já os colaboradores fatigados acabam, muitas vezes, sendo pouco produtivos.

Entender isso pode ser melhor do que substituir o time. Veja neste artigo o que é a Síndrome de Burnout, como identificá-la, evitá-la e tratá-la.

O que é a Síndrome de Burnout?

A Síndrome de Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. Ela está vinculada a diversas situações de desemprego e é reconhecida pela OMS como uma doença.

O assunto é relevante e a doença pode desencadear um desgaste que prejudica aspectos físicos e emocionais do indivíduo, gerando descontentamento profissional, causando queda na produtividade, baixa autoestima, depressão e diversos outros problemas psicológicos.

Desta forma, pessoas que possuem uma vida profissional ativamente sobrecarregada têm a tendência de desenvolver o quadro.

Estima-se que 30% dos profissionais brasileiros passem pela Síndrome de Burnout, segundo uma pesquisa da Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil).

Como identificar a Síndrome de Burnout?

Os sintomas da doença são diversos e vão desde a tensão emocional, até estresses elevados – que geralmente são causados por excesso de trabalho ou pressão psicológica.

É comum que profissionais das áreas de jornalismo, direito, educação, segurança pública, bancos, executivos e comunicação em geral, como atendentes de telemarketing, tenham uma maior propensão a desenvolver a Síndrome de Burnout.

Outros indícios da presença da síndrome são: ausência no trabalho, agressividade, mudanças de humor inesperadas, irritabilidade fácil, perda de memória, ansiedade, depressão e baixa autoestima.

As profissões citadas acima são dadas como um sinal de alerta, haja visto que – na maioria das vezes – consomem o indivíduo, fazendo com que ele perca momentos importantes, como os de lazer ou interação com amigos e família.

Com uma mente acelerada é normal que o corpo não aguente o estado de alerta constante e acabe se exaurindo.

Além da cobrança externa, muitas vezes causada por um superior, acontece a cobrança individual. Exigir demais de si mesmo pode ser um problema. Estamos imersos em uma sociedade que exige excelentes resultados, que precisa de movimento e que nos obriga a estar em estado de produção o tempo todo, como se ao descansar estivéssemos sendo improdutivos, o que não é verdade. Descansar é necessário e precisa ser inserido na rotina, pois o nosso cérebro precisa relaxar.

Quando o cérebro não “para”, podem surgir sintomas que vão desde enxaquecas ou dores de cabeça, até palpitações, insônias, distúrbios gastrointestinais e outras manifestações físicas que nada mais são do que o nosso corpo pedindo uma pausa.

Como evitar a Síndrome de Burnout dentro da minha empresa?

Aí vem o desafio: onde está o limite entre a cobrança justa e a cobrança excessiva?

Antes de mais nada, é preciso informar que a Síndrome de Burnout, muitas vezes, não está associada apenas ao trabalho, mas sim ao conjunto de fatores estressantes. É claro que a alta taxa de cobrança, excesso de trabalho, demandas, pressa nas entregas ou até feedbacks inadequados podem aumentar as possibilidades de desencadear a doença.

Não é preciso buscar muito para perceber que, geralmente, pessoas que possuem a Síndrome de Burnout também têm quadros de depressão com uso de medicamentos controlados.

A melhor maneira de evitar que a sua equipe seja tomada por esse tipo de distúrbio é entender os processos, desenhá-los e fazer com que eles funcionem dentro do seu negócio. Quando falo em processos, quero dizer desde o briefing de uma demanda até o feedback pós produção.

Sendo assim, observe abaixo algumas dicas que podem ajudar a evitar síndrome na empresa:

Burnout, Depressão ou Estresse?

É normal que haja confusão, afinal, todos possuem sintomas parecidos.

O estresse pode aparecer devido a sobrecarga de tarefas, por exemplo, mas isso não quer dizer que haja uma Síndrome de Burnout ali. Atletas, jogadores e lutadores vivem sob estresse, devido a rotina e responsabilidades, mas isso é apenas uma resposta do corpo à situação.

Já com a Síndrome de Burnout é como se a tristeza, o estresse e o cansaço nunca parassem. Geralmente, acabam surgindo junto com sentimentos de incapacidade, insuficiência e culpa no trabalho.

A depressão também pode apresentar sentimentos como os listados acima, porém, relacionados a todos os aspectos da vida, em sua máxima. Não em um ou dois, como trabalho e relacionamento, por exemplo.

Nosso cérebro pede socorro!

É importante trabalhar o desenvolvimento cognitivo, ajudar o seu cérebro a sair da zona de conforto, organizar as coisas dentro da sua mente e entender seus sentimentos. Reprimir emoções, guardar diálogos que precisavam acontecer ou até evitar falar algo por medo, podem ser prejudiciais.

Se você é colaborador e sente alguns dos sintomas acima, é importante falar com um profissional especializado, como psicólogo ou psiquiatra, e solicitar ajuda para conduzir o caso junto ao seu RH. Lembre-se: não há nada de errado. Qualquer pessoa pode passar pela Síndrome de Burnout.

Se você faz parte da equipe de RH e perceber alguns dos sinais que citei neste artigo ou se um colaborador da empresa sinalizar indícios de Burnout, é hora de procurar ajuda profissional para lidar com o caso da melhor maneira, sem prejudicar a pessoa que confiou a você a informação. Lembre-se que você está lidando com uma vida.

Estamos em um momento que está exigindo bastante da nossa mente, em diversos aspectos. É preciso falar sobre Burnout, entender a síndrome e evitá-la.

Uma sociedade saudável, se faz com pessoas de mentes saudáveis.

Deixe sua opinião sobre este artigo nos comentários e me conte se você já presenciou ou passou por alguma situação em que acreditava ser Burnout.