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Verdade e amor na comunicação

Os vários motivos que nos levam a dizer algo para alguém podem ser resumidos em duas categorias: amor e desamor. Na categoria amor, estão as mensagens ditas com uma boa intenção. Já na categoria desamor, encaixam-se as mensagens ditas com o intuito de agredir, machucar ou humilhar o outro.
Além disso, a mensagem pode ser composta por informações verdadeiras ou por mentiras que, combinadas com a motivação e a forma que é dita, podem causar diferentes efeitos, bons e ruins. A comunicação ideal é aquela em que a verdade é dita com uma boa intenção.

Mentir por amor: satisfação inicial com mágoa posterior
Todos sabem que não devemos mentir com a intenção de atingir negativamente alguém, gerar intrigas ou passar na frente dos outros. Mas muitas pessoas ainda têm a ideia de que a mentira pode ser algo bom, desde que feita com a intenção de ajudar, agradar ou evitar desentendimentos.
Por melhor que seja a intenção, não devemos mentir. A mentira feita com amor gera um agrado e uma satisfação momentânea e, posteriormente, torna-se mágoa, e faz as pessoas perderem a confiança que possuíam em nós. Além disso, a mentira para agradar pode fazer com que o outro continue a fazer algo inadequado, o impedindo de melhorar pontos que precisam ser trabalhados.

Sinceridade: doa a quem doer
Devemos sempre dizer a verdade, mas isso não significa que podemos dizê-la de qualquer maneira. Nem todos com intenção de machucar utilizam da mentira para isso. Às vezes, uma verdade dita de maneira insensível pode causar um efeito tão desagradável quanto uma mentira, gerando conflitos e afastando as pessoas em volta.

Não basta ser verdade
A verdade dita com uma boa intenção, com o propósito de ajudar o outro, para que ele possa melhorar aspectos que ainda estão inadequados é o melhor caminho para uma boa comunicação, tanto na área pessoal quanto profissional.
Quando falamos a verdade de maneira cuidadosa, transparecendo nossa boa intenção, o outro escuta, entende e absorve a informação. Pode gerar um efeito inicial de frustração que, posteriormente, torna-se satisfação. Além disso, essa prática ajuda no crescimento individual, fazendo com que o outro busque melhorar o que estava inadequado até o momento.

Como tem sido a sua comunicação, você tem conseguido se comunicar com Amor-Verdade?

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Como discordar sem brigar em 5 passos

Como você sabe, somos todos diferentes e temos nossas próprias histórias, vontades e opiniões. E em nossa trajetória encontramos diversas pessoas: algumas com vivências parecidas e pensamentos que vão de encontro ao nosso. Outras, com planos completamente diferentes e opiniões que não entendemos e/ou não concordamos. 

E acredito que a beleza da vida está aí: no outro, nas diferenças, no discordar.
Se todos pensássemos e fizéssemos as mesmas coisas, se tivéssemos as mesmas aspirações, sem questionarmos, como poderíamos evoluir como planeta, sociedade e individualmente? 

O outro nos desafia. E, ao contrário do que muitos pensam, é possível discordar sem brigar. Está tudo bem não concordar com o outro ou ser questionado sobre seus próprios atos e opiniões. O que não pode acontecer é essa discussão, que deveria ser saudável e se transformar em aprendizado, se tornar uma briga. 

Mas afinal, por que as pessoas brigam em uma discussão?

Primeiro tenha em mente que discutir não é sinônimo de brigar. O conceito de discutir está ligado ao ato de analisar e argumentar, levantar questionamentos acerca de algo, defender pontos de vista. Acho importante desmistificar a palavra discussão. Não é porque duas pessoas estão discutindo, que elas estão brigando. Entende?

Além da má-interpretação da palavra, que contribui para algo negativo, também acredito que muitos brigam durante a discussão porque não conseguem se colocar no lugar do outro, porque não têm empatia.

E a empatia é elemento-chave na comunicação não-violenta. Saber ouvir, sem julgar, procurando entender o outro e a sua história é essencial para discutir; para procurar um meio-termo entre as duas opiniões e resolver, ao invés de brigar. 

Geralmente, uma discussão que termina em brigas, tem como foco defender as próprias opiniões, ao invés de chegar a uma solução. As duas pessoas estão tão focadas no que estão sentindo e pensando, que não conseguem se ouvir. Por isso a empatia se torna importante. 

É possível discordar sem brigar. Quando se há respeito e empatia, quando há vontade de ouvir o outro sem julgamentos, para entendê-lo, a discussão se torna um aprendizado e se transforma em solução. 

O que fazer para discordar sem brigar? 

Eu acredito que existem formas de discordar sem brigar com o outro. Ainda que você seja uma pessoa “esquentada”, que precisa “controlar o Hulk interior”, saiba que há formas de expor o que pensa, a sua opinião, sem se exaltar. Então para que você passe o ano mais conectado consigo mesmo e se comunicando de forma assertiva e não-violenta, listei 5 passos para você discordar sem brigar:

1 – Está nervoso? Evite a discussão

Quando estamos de cabeça quente, o ideal é esperar. Respirar fundo, tomar aquele copo de água, entender os próprios pensamentos, para depois dizer o que sente e o que acha. Observe seu corpo. Quando você está nervoso, sente um aperto na garganta? No pescoço? O estômago dói? Nosso corpo fala e dá os indícios de que iremos nos exaltar.

Em uma discussão saudável, uma pessoa escuta a outra e vice-versa. Se as duas estão bravas, não há diálogo, há a defensão dos próprios pontos de vista. Então, ao invés de discutir de cabeça quente, diga ao outro que você não está no seu melhor dia e que precisa pensar sobre o assunto, antes de dar uma resposta. Não há do que se envergonhar ao falar isso. É muito melhor acalmar a mente, do que depois tentar remediar o que já foi dito. 

2 – Concentre-se nos fatos 

Quando a discussão começar a ficar mais acalorada, concentre-se nos fatos. Coloque-se no lugar do outro e, juntos, vejam o que é mais viável, o que faz sentido e é mais lógico fazer. Essa é uma dica muito boa para ambientes corporativos. Então, se você não concorda com o ponto de vista do chefe ou do colega, traga fatos: experiências que você teve executando uma tarefa da forma que ele deseja e você não concorda, dados de pesquisas, opiniões de especialistas e outros.

3 – Mantenha o tom de voz

A discussão está começando a ficar complicada? Preste atenção no seu tom de voz. Muitas pessoas, quando não concordam com o outro, acabam aumentando a voz e isso não é um bom sinal. Então, mantenha sempre o tom educado e respeitoso ao discordar. Concentre-se em ouvir e entender o outro e defender seu ponto de vista, sem se exaltar. Respire, tome uma água e, caso não consiga acalmar os ânimos, encerre a discussão – como a dica do primeiro tópico.

4 – Escute o outro

Durante a discussão, abra o coração e ouça o que o outro tem a dizer. Busque entender seu ponto de vista sem julgá-lo. Ouça de verdade, sem ser para rebater o que ele está dizendo. Quando conseguimos nos conectar com o outro e entendê-lo, fica muito mais fácil nos fazermos entender e chegarmos a um consenso. Lembre-se: empatia é tudo para uma comunicação assertiva.

5 – Não leve para o lado pessoal 

Essa é uma ótima dica para discussões na empresa. Não leve a discussão para o lado pessoal. Entenda que atacar pessoalmente o outro não leva a lugar nenhum e que o importante é manter o foco na solução do problema. Ao invés de falar de crenças e estilo de vida do outro, apresente ideias e soluções. Foque em ouvir e defender seus pontos de vista com base em fatos. 

Gostou das dicas? Espero que você consiga colocá-las em prática e que as suas discussões não se transformem mais em brigas. Ah, e se você quiser aprender mais sobre comunicação não-violenta, comunicação assertiva e comunicação amor/verdade, estou com turmas abertas para meu curso 100% online

É possível discordar sem brigar, estabelecer relações mais tranquilas e comunicar o que sente com verdade e amor. A comunicação é peça-chave do sucesso no trabalho e na família, então, bora aprender mais neste ano que está iniciando? Aproveite e encaminhe este material e o link do curso para quem você ama. 

Até a próxima!

Por que você precisa aprender a dizer não

Ao longo da minha trajetória profissional e até no meu dia a dia, entre amigos e familiares, conheci muitas pessoas com a mesma característica: não conseguir dizer não. Percebam que eu usei o verbo “conseguir” porque é justamente o que acontece. Por algum motivo, mesmo quando querem e quando precisam, essas pessoas não conseguem dizer a palavra não. E quando se vê, o não se transforma em sim, ou em culpa.

Enquanto para alguns é fácil, para outros, negar o happy hour com os colegas após o expediente, dizer aos filhos que não pode comprar determinado brinquedo, falar ao companheiro que não quer viajar no fim de semana ou dizer ao chefe que não consegue realizar uma tarefa porque a pauta está lotada e o prazo é curto, se torna algo difícil.

Com isso, os sentimentos de culpa, de fragilidade e de decepção chegam. Ninguém quer desapontar o outro, mas, dizer não é necessário, e é importante para que você viva feliz, de acordo com quem é, com o que pensa, com o que deseja, mesmo que o outro não entenda ou não concorde com isso. Dizer não é tão importante quanto dizer sim, principalmente para que você não desaponte a pessoa que deve estar em primeiro lugar na sua vida: você

Mas e como o outro vai reagir diante do seu não? Vai ficar bravo? Vou me colocar em uma situação chata? Acredite: há muitas formas de se expressar e dizer não com verdade e amor. É assim que se dá uma comunicação assertiva: com clareza, explicando e contando como realmente se sente e pedindo para que o outro se coloque no seu lugar.

Quais são os benefícios de dizer não?

Acho que um dos principais benefícios de aprender a dizer não é estar alinhado consigo mesmo. Quando você sabe o que quer e o que não quer, aprende mais sobre si, a sua história e está mais aberto a alcançar o que deseja. Dessa forma o outro também aprende a respeitá-lo e a entender suas ações e seu ponto de vista. 

Você já reparou o quanto é desgastante fazer algo por obrigação? Ou tentar dar conta de tudo, quando você sabe que não consegue – ou que não deveria? Dizer não, impor limites, não faz de você uma pessoa ruim. Faz de você um ser humano, que entende seus limites, suas dificuldades e que também precisa de ajuda – e está tudo bem. 

Quando você começa a dizer mais não e passa a se ouvir e a se respeitar, deixa se se sobrecarregar de tarefas e emocionalmente e, consequentemente, as situações complicadas também vão diminuindo. Porque você aprendeu que está tudo bem não dar conta de tudo, ou precisar de ajuda. 

Como dizer não sem sentir culpa

Se você ainda não se sente confortável em dizer não, não se preocupe. É um processo, requer tempo e exercício constante. Saiba que você não precisa dizer não de forma dura e direta. É possível negar um convite ou uma tarefa sem brigar, sem gerar uma situação constrangedora. Como? 

Comece identificando suas prioridades: você consegue dar conta do que te pediram?
Você quer fazer, quer ir? O que você sente com relação a isso? Se você quer ir/fazer é por causa do outro, do que ele irá pensar sobre você ou por sua causa, porque é um desejo seu?

Depois de descobrir a sua real motivação, seja verdadeiro consigo mesmo. Se você quer dizer não, você pode – e deve – dizer não. Comece agradecendo o convite do outro e explicando por qual razão não poderá ir.

Exemplo 1: Muito obrigada pelo convite, mas nesta semana eu tenho outros planos e, infelizmente, não consigo ir. 

O mesmo você pode fazer com relação ao seu chefe, quando ele perguntar se você pode fazer determinada tarefa. 

Exemplo 2: Infelizmente eu não consigo realizar essa tarefa hoje. Estou dando prioridade para o relatório que você me pediu nesta semana e preciso de tempo para focar nele. Você consegue aumentar o prazo dessa nova tarefa ou pedir para outro colaborador? 

Viu como é possível? Nos dois exemplos o não foi dito de uma forma educada, verdadeira, sem medo e sem culpa. Percebe que tudo está na forma como nos comunicamos com o outro? No nosso tom de voz e na abordagem? 

Priorize-se sempre! Quando receber um convite ou um pedido em que você não se sente confortável, converse. Tente explicar seu ponto de vista com calma, com carinho e escutar o outro também. Se não sabe qual será a sua resposta diante de uma situação, peça um tempo para pensar – não há nada de errado nisso.

E, quando o outro não entender o seu não. Negocie. É bom chegar em um consenso no trabalho, por exemplo, priorizar o que deve ser priorizado e achar outras formas de resolver, sem que você se sinta pressionado, com medo ou na obrigação de dizer sim. 

Lembrando: dizer não é importante e é necessário para sua saúde mental, emocional e espiritual. Quando deixamos de falar não para o outro, é como se estivéssemos nos violentando, nos machucando, porque deixamos de seguir a nossa vontade e fazemos algo por obrigação.

Então bora dizer não sem medo e sem culpa neste ano?
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Até a próxima!

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Por que empatia é essencial para estabelecer uma comunicação mais assertiva?

Nas redes sociais, em palestras, artigos na internet e até nas mídias mais tradicionais, como jornais, revistas e programas de televisão: o mundo tem pedido por empatia.
O tema está sendo cada vez mais lido, ouvido, falado, discutido. Mas afinal, o que isso significa? Por que a tal da empatia, essa que todo mundo fala e publica, é tão importante? O que ela tem a ver com a forma como a gente se comunica?

Empatia nada mais é do que a capacidade de se colocar no lugar do outro, de ouvir sem julgamento, de entender sua história, o que a pessoa está passando, o que ela está sentindo, para aí, compreender suas atitudes e decisões. 

Ser uma pessoa empática é ter a capacidade de sentir a dor ou a alegria do outro, mesmo que não haja uma ligação profunda com o mesmo. É entender e ter a consciência de que todos nós passamos por situações diferentes e que cada um tem uma forma de viver e lidar com elas. 

Empatia vem de empatheia, que significa paixão, estado de emoção, em grego. Traçando um paralelo entre as duas palavras, empatia e paixão, conseguimos perceber que ambas têm a capacidade de se projetar no outro, de se identificar com alguém. 

Empatia x Simpatia 

Quando falamos de empatia é quase impossível não associarmos o termo a outras palavras de grafia semelhante, como simpatia. Diferentemente do que muitas pessoas acham, empatia e simpatia não são a mesma coisa.

A simpatia tem uma resposta mais intelectual, enquanto a empatia é mais emocional.
A primeira está relacionada à vontade de estar junto ao outro, de agradá-lo. Já a empatia estimula a vontade de conhecer e compreender alguém, mesmo que esse alguém não seja tão próximo.

Enquanto a empatia ocorre por um processo de compreensão, de vestir os óculos do outro e buscar enxergar como ele, a simpatia une as pessoas por causa das afinidades que elas possam ter, por causa do que têm em comum, do que conhecem, comem, têm como hobbie e assim por diante. Agora ficou fácil entender a diferença entre as duas, não é mesmo?

A importância da empatia na comunicação 

Para nos comunicarmos bem, de forma efetiva, é necessário entendermos o outro e a nós mesmos. Por isso empatia e autoconhecimento são fundamentais para uma comunicação assertiva. 

Na visão de Daniel Goleman, psicólogo e autor do livro Inteligência Emocional, a empatia nos auxilia na compreensão da perspectiva alheia, melhorando consideravelmente a forma como nos comunicamos uns com os outros. 

Quando nos abrimos para ouvir o outro, identificar o que é importante para ele; descobrir como essa pessoa enxerga o mundo e tudo o que ela passou para chegar onde está, conseguimos entender o que falar, onde, quando e como falar.

Esse processo torna a comunicação muito mais assertiva, humanizada, e pode ser implementado em todas as relações. Se pensarmos que boa parte dos problemas se dá pela falta de comunicação, talvez você, que está lendo este artigo, esteja passando por alguma situação em casa, com algum amigo, ou no ambiente de trabalho por causa disso. 

Como aplicar a empatia no dia a dia?

Para ter uma atitude empática, o essencial é estar com a mente e o coração abertos, ouvir o outro e deixar o julgamento de lado. Ressalto novamente que cada um tem uma história, tem medos, traumas e estamos todos em evolução. Para trazer a empatia pro seu dia a dia é necessário se despir dos preconceitos e se vestir de compreensão, entender, conforme a realidade do outro, seu ponto de vista e, por fim, suas atitudes. 

Saiba ouvir. Quando você estiver conversando com alguém, deixe o celular de lado. Mantenha-se aberto e presente na conversa. Mostre que você está ali para ouvir, entender e ajudar o outro. 

Curiosidade e observação também ajudam. Algumas pessoas são mais reservadas, não gostam muito de compartilhar o que estão vivendo no momento, mas, com cuidado, fazendo as perguntas certas, elas podem se abrir, estabelecer uma relação de confiança com você, e aceitar a sua ajuda. Observar e, cuidadosamente, perguntar se o outro está bem, se precisa de ajuda, se quer conversar, são formas de exercitar a empatia. 

Agora que você já entendeu o que é empatia e porque ela é tão importante no dia a dia, como uma comunicação empática melhora relações, o que você acha de implementá-la no trabalho, em casa, no trânsito…? Você verá que muitos dos problemas que você tem hoje diminuirão. Você será mais assertivo ao comunicar o que sente, o que deseja e, também, entenderá o que o outro está passando. 

É por acreditar que todos nós precisamos trabalhar melhor a comunicação, a forma como escutamos o outro e a forma como expressamos nossos sentimentos, que no Vanusa Cardoso Academy, disponibilizei 27 videoaulas sobre o tema. 

O curso é dividido em três módulos: Comunicação não-violenta, Comunicação assertiva e Comunicação Amor Verdade. Todos eles ajudam a melhorar a relação consigo mesmo e com os outros. Tenho certeza de que esse aprendizado fará bem para muitos. Quer saber mais? Clique no banner e confira!

Bora trazer mais empatia para seu dia a dia? Espero você no próximo artigo. Até breve!